A CS SINTAP tem sido acusada pela Câmara Municipal nas pessoas do Presidente Isaltino Morais e do Vereador do Ambiente, Ricardo Barros, de desinformação, por termos posto em causa parte do conteúdo do documento entregue nas caixas de correio dos munícipes sobre o fim da recolha de lixos aos domingos e feriados.
As razões apontadas - falta de pessoal, impossibilidade de contratar, limite ao trabalho extraordinário - são FALSAS e DEMAGÓGICAS.
Cronologia:
Último domingo de MAIO DE 2010, 10 horas - reúnem os trabalhadores da extinta DAPFS/Mercados, que aceitam a adesão ao regime de trabalho por turnos, disponibilizando-se para que a folga complementar fosse rotativa e não fixa (sábado ou segunda-feira). A Câmara Municipal não aceitou a folga rotativa. Se tivesse sido aceite, os contrangimentos no destacamento de trabalhadores aos sábados e segundas seriam residuais;
15 DE JULHO DE 2010, 11 horas - a CS SINTAP reúne com os trabalhadores da extinta DSU nas instalações de Vila Fria, a quem explica as pretensões da Câmara Municipal;
15 DE JULHO DE 2010, 22.45 horas - a CS SINTAP reúne com os trabalhadores da extinta DSU/Recolha Nocturna, nas Oficinas Municipais, a quem explica as propostas da Câmara Municipal;
19 DE JULHO DE 2010, 11 horas - o Vereador Ricardo Barros reúne com os trabalhadores da extinta DSU nas instalações de Vila Fria, a quem explica as razões da necessidade de implementação do trabalho por turnos;
19 DE JULHO DE 2010, 22.45 horas - o Vereador Ricardo Barros reúne com os trabalhadores da extinta DSU/Recolha Nocturna, nas Oficinas Municipais, a quem explica as propostas da Câmara Municipal.
Das reuniões ressaltou a promessa do novo regime ser implementado em Setembro, o mais tardar em Outubro de 2010.
Os meses passam-se e nada muda.
Começa 2011 e nada. Tudo na mesma.
Com pedido de urgência, o SINTAP é convocado para uma reunião a realizar no dia 5 de Janeiro. Nesta pede-se uma resposta urgente. Marca-se nova reunião para 12 de Janeiro.
Os negociadores do SINTAP estudam o documento entregue pela CMO, que lhes ocupou também o fim de semana. Trabalhamos com seriedade.
No dia 11, via fax, chega uma proposta de alteração para a recolha nocturna: a criação do 3.º turno, de 4.ª a domingo. Rejeitamos liminarmente. Tal conduziria ao fim do trabalho extraordinário até às 150 horas, que sempre procuramos salvar.
No dia 12 entregamos as nossas contrapropostas. A CMO aceitou. Os ganhos para a generalidade os trabalhadores foram um facto. Para os trabalhadores da recolha nocturna procuramos salvaguardar o trabalho extraordinário, sabendo que todos eles iriam ser penalizados face à impossibilidade de se manter o trabalho extraordinário acima das 150 horas.
Dias depois reunimos com os trabalhadores com os trabalhadores da recolha nocturna e visitamos algumas secções de limpeza urbana a quem explicamos, UMA VEZ MAIS, as vantagens e desvantagens do novo regime.
Houve trabalhadores da Recolha Nocturna que não aceitaram os turnos, tendo sofrido retaliações por parte do Vereador Ricardo Barros, que deu instruções aos encarregados para não os convocarem para trabalho extraordinário!
Os turnos foram aplicados a partir de 7 de Fevereiro, 14 de Fevereiro e 14 de Março (Recolha Nocturna), ou seja, quando os trabalhadores da RN já tinham feito 60, 70 e 80 horas de trabalho extraordinário, pelo que não era difícil saber que em breve, o mais tarde até ao final do 1.º semestre, as 150 horas iam "estourar".
Demos conta ao Vereador Ricardo Barros das nossas preocupações, que agradeceu, ao mesmo tempo que nos informava que a informação que tinha dos serviços não era aquela.
Em Agosto voltamos a manifestar a nossa preocupação. O Vereador Ricardo Barros tomou nota e disse-nos que em breve haveria novidades...que surgiram na noite de 14 de Setembro de 2011 com o anúncio do fim da recolha de lixos aos domingos e feriados!
Depois, para mascarar o autismo, a incompetência e a negligência de quem não soube implementar a TEMPO E HORAS os novos regimes (anunciados em Julho de 2010), vieram as desculpas de não haver trabalhadores, de não poder contratar trabalhadores, sendo que a única desculpa real e verdadeira é a impossibilidade da realização de trabalho extraordinário para além das 150 horas!
Quando será que o Vereador Ricardo Barros, os dirigentes e técnicos (?) de sua confiança assumem que erraram, que foram incompetentes e negligentes?
ERRARE HUMANUM EST.
Quando será que o Presidente da Câmara Municipal e o Vereador Ricardo Barros assumem que o actual mandato na área da limpeza urbana e recolha de lixos é pior que o da sua antecessora Madalena Castro e muito pior que o antecessor desta, José Eduardo Costa?
Já aqui referimos mais de uma vez e voltaremos a fazê-lo em outro post: enquanto não forem retirados da área operacional técnicos superiores, cujas competências são exclusivas dos encarregados, enquanto os técnicos superiores não se limitarem a efectuar as tarefas que lhes estão incumbidas por lei, esta desorganização e bandalheira vão persistir.
Cada macaco no seu galho.
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