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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MOBILIDADE ESPECIAL: crime que permanece

O Governo de José Sócrates criou a figura da Mobilidade Especial na Administração Pública (AP) central. Onde houver trabalhadores excedentários estes são mandados para casa com o corte de 1/6 e ao fim de 6 meses cortam-lhes outro 1/6, ou seja, recebem 2/3 do ordenado, ou seja, 66,66%.

Em vez de repor as figuras de mobilidade - PERMUTA e TRANSFERÊNCIA - que permitiria a deslocalização e recolocação dos trabalhadores (sem trabalho) noutros organismos da AP, fosse ela central, regional ou local, sem que os trabalhadores fossem sujeitos a provas de concurso, o Governo PSD/CDS pretende agora que os trabalhadores recebam apenas metade do salário o que, nalguns casos, se traduziria em valor abaixo do salário mínimo nacional, actualmente nos 485,00 euros. Mais: o Governo pretende que estes trabalhadores não possam ter um part-time para compensar o salário que lhes foi retirado! Quem está no activo pode pedir acumulação de funções, quem foi colocado na prateleira a receber apenas 2/3 do ordenado ou, no caso da proposta deste Governo, 50% ou 3/6, nem sequer poderá ter um outro emprego.

Esta proposta governamental é inqualificável e vergonhosa, pelo que não resta aos sindicatos outra solução que não seja a veemente oposição e protesto.

Na Administração Pública local não há, por enquanto, a figura da Mobilidade Especial (colocação de trabalhadores na "prateleira"), porém, tal não nos impede de manifestarmos a nossa SOLIDARIEDADE aos trabalhadores nesta situação VERGONHOSA!
O Governo, em vez de se preocupar em colocar estes trabalhadores em municípios, freguesias e outros serviços da AP deficitários, procura espezinhá-los e vergá-los moralmente.
O SINTAP está ao lado de todos eles. A Comissão Sindical do SINTAP está SOLIDÁRIA com todos eles.


1 comentário:

Anónimo disse...

O Governo está a esticar a corda. O 15 de Outubro vai-lhe demonstrar que não é nem assim. A sociedade civil vai sair à rua.