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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Greve Geral

Está marcada para a próxima 4.ª feira uma Greve Geral, à qual aderiram os sindicatos filiados nas duas centrais sindicais - UGT e CGTP - e, também os sindicatos filiados na USI - União dos Sindicatos Independentes.
Sabemos que o Governo e o PSD não irão recuar perante este protesto, porém, esta é a única forma dos trabalhadores e dos portugueses em geral manifestarem o seu descontentamento e repúdio pelas medidas gravosas que vêm sendo tomadas, com especial incidência neste ano de 2010.
Os cortes nas prestações sociais (abono de família, p.e.), os aumentos nas contribuições para a ADSE e Caixa Geral de Aposentações, a diminuição das comparticipações em actos médicos (análises, ecografia, radiografias, etc.), os cortes salariais, os congelamentos salariais, são motivos mais do suficientes para manifestarmos a nossa indignação.
Já referimos neste espaço e em documentos distribuídos aos trabalhadores da Câmara Municipal de Oeiras que "OS TRABALHADORES NÃO GOVERNAM", os culpados são os políticos, os governantes, eles é que "metem" a mão na massa, não são os trabalhadores, nós somos as vítimas da sua incompetência.
Podemos e devemos "atirar-nos" aos (des) governantes, porém, não podemos esquecer o despesismo desenfreado das autarquias, ao qual a Câmara Municipal de Oeiras também está associado. Criticamos, revoltamo-nos contra o Governo e esquecemos a gestão do Município de Oeiras que, em nosso entender, hipoteca o nosso futuro quando entrega a manutenção dos espaços verdes a empresas externas, sem aproveitar os recursos humanos de que dispõe na DEV. São mais de 20 MILHÕES DE EUROS!
E a Câmara Municipal de Oeiras NÃO SABE se vai ter capacidade financeira para pagar as "tranches" em 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, porque o futuro é uma incógnita e o horizonte é bem negro!
Daqui a alguns meses, aqueles que assistem impávidos e serenos a este desperdício de recursos financeiros dar-nos-ão razão e, tal como acontece com a governação de Sócrates, já será tarde.
SABEMOS QUE TEMOS RAZÃO. O TEMPO TEM-NOS DADO RAZÃO. Eis mais um exemplo: em Julho de 2008 propusemos a quem de direito que, face ao aumento da capacidade instalada de "ilhas ecológicas", "moloks" e "ecopontos" fazia todo o sentido numa perpectiva de racionalização dos recursos (material, poupança de combustível, meios humanos, logística) que se diminuíssem os circuitos de recolha nocturna contentorizada de lixos. Soubemos ontem que, neste momento, só há 10 circuitos, contra os 13 de 2008!
Uma vez mais, TEMOS RAZÃO, DERAM-NOS RAZÃO, ainda que o façam a "passo de caracol" para não nos darem o mérito de tal decisão. Dispensamos. Desejamos é que a CMO aprenda a poupar, a racionalizar, porque se já estamos mal, piores dias virão.
Vamos manifestar o nosso descontentamento, aderindo À GREVE GERAL do 24 de Novembro de 2010!

domingo, 14 de novembro de 2010

Remar contra a maré

Temos sido bastante críticos da gestão de alguns sectores da Câmara Municipal de Oeiras, designadamente os espaços verdes (DEV), recolha de lixos e limpeza urbana (DSU) e, no último "post", com a manutenção de viaturas e máquinas (DVM). Porém, cometeríamos uma injustiça se não referíssemos, ainda que não os nomeemos, Dirigentes que tentam remar contra a maré, que procuram estancar algumas "hemorragias" internas.
Se, quanto maior é a nau, maior a tormenta, não é menos verdade que em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão e, felizmente, há quem no meio desta tempestade procure ter alguma lucidez e afirme ter forças renovadas para lutar contra "este" estado de coisas. Chega uma altura em que os "remadores", que são poucos, acabam por baixar os braços, puxam para um lado e outros para o oposto.
Quem assume, ou propõe superiormente, a contratação ou renovação de aquisição de serviços externos numa altura em que o País e Oeiras estão mergulhados numa enorme crise económico-financeira e com gravíssimas consequências orçamentais, sem ter em atenção o recursos internos, ou não vive em Portugal ou é incompetente. Infelizmente, são técnicos superiores que propõem aos Dirigentes a aquisição de serviços externos (manutenção de espaços verdes, limpeza de eventos, projectos de arquitectura, projectos de arquitectura paisagista, projectos de engenharia, p. e.) sem se preocuparem com o estado das finanças municipais.
Na DMOA há Dirigente que se preocupa com este despesismo, porém, ainda que não assistindo impávido e sereno, nada pode fazer, é impotente para travar este "apetite" de externalização de serviços que, tal como o endividamento externo de Portugal, vai empurrar o Município de Oeiras para um beco sem saída.
O Poder dado a alguns técnicos superiores sem experiência de vida profissional competitiva, que confundem licenciatura com competência, que confundem licenciatura (não importa a área académica) com capacidade de chefia (qualquer um pode ser chefe) e de liderança (não é líder quem quer mas quem pode), está a subverter por completo a cadeia hieráquica, organizacional e funcional, com o beneplácito de Chefias e Dirigentes sobre quem recairão os fracassos e as decisões negligentes, por omissão.
Acreditamos que o referido Dirigente consiga travar a tempo o protagonismo e a avidez de Poder de alguns técnicos superiores, que de "superior" apenas têm o nariz empertigado, a prepotência e a arrogância.
Não desista, caro ou cara Dirigente!

Desagregação operacional da DVM

Para quem está identificado com as viaturas da Câmara Municipal de Oeiras, achará estranho que, de há uns tempos a esta parte, a recolha de lixos seja efectuada por viaturas com a sigla "SUMA", que significa "Serviços Urbanos e Meio Ambiente", empresa do Grupo Mota-Engil, liderada pelo bem conhecido Jorge Coelho.
Os munícipes mais atentos questionar-se-ão das razões desta opção. A resposta é esta: a Câmara Municipal de Oeiras tem 27 viaturas inoperacionais, adstritas à recolha de resíduos.
Se não há dinheiro para a sua manutenção, há dinheiro para alugar?
Ou estaremos na presença duma estratégia que vise "privatizar" a recolha de resíduos? Não será a estratégia do "quanto pior melhor", argumento utilizado em Julho de 2008 para o lançamento de concurso para a "privatização" da recolha em parte do concelho?
Que tudo isto é muito estranho, é.
Como as 5 viaturas contratadas à SUMA (+ o motorista) não substituem as 27 que estão avariadas, os funcionários da Divisão de Serviços Urbanos passam dias e dias sem trabalho, sobretudo os motoristas, pois os cantoneiros vão rodando.
Temos sido críticos desta gestão irresponsável da Câmara Municipal, poderíamos acusar o dirigente A ou o dirigente B, poderíamos apontar o dedo ao Director Municipal de Obras e Ambiente (DMOA), à Directora do Departamento de Ambiente e Equipamento (DAE), à Chefe de Divisão de Serviços Urbanos (DSU) ou ao Chefe da Divisão de Viaturas e Máquinas (DVM), correndo o risco de sermos injustos, o que sempre temos evitado.
Uma coisa é evidente aos olhos dos trabalhadores e dos munícipes: há culpados por esta situação!
Se não há dinheiro para as reparações, a culpa é do Presidente da Câmara Municipal que não soube fazer uma gestão racional;
Se há dinheiro e os concursos públicos não foram instruídos e abertos a tempo e horas, a culpa pode ser repartida entre o Presidente, o Vereador do Ambiente, o Director Municipal de Obras e Ambiente, a Directora do Departamento de Ambiente e Equipamento e o Chefe de Divisão de Viaturas e Máquinas;
Se há dinheiro, se o Presidente e o Vereador nada têm a ver com isto, então há que exigir explicações aos dirigentes (DMOA, DAE, DVM) e, apuradas as responsabilidades, as comissões de serviço não devem, não podem ser renovadas.
A INCOMPETÊNCIA tem de ser SANCIONADA (demissão imediata), não pode ser premiada (renovação da comissão de serviço).
Se ontem já era tarde, também diz o ditado que "mais vale tarde que nunca", o Presidente da Câmara Municipal tem a obrigação de despromover os incompetentes, promover os competentes, não importa a cor ou simpatia políticas.