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À “LUSA” e Jornal da Região (Oeiras) a Sra. Vereadora Madalena Castro argumenta que o recurso ao “outsourcing” é uma solução "mais barata"; aos Srs. Vereadores e aos membros da Assembleia Municipal o Sr. Presidente garante que o “outsourcing” é mais caro.
Em que ficamos?
A Câmara Municipal fala a duas vozes?
V. Exa., Sr. Presidente, sabe tão bem quanto nós que não existe estudo algum, a Divisão de Espaços Verdes não o está a fazer, não há interesse político e de gestão em o promover.
V. Exa. reafirma “Eu sou contra o outsourcing…e se tivéssemos o número necessário de jardineiros, não tenham dúvidas que os jardins ainda estariam melhores…Eu, por acaso, sei fazer contas e não tenho dúvidas que com metade do dinheiro que gastamos no outsourcing, fazíamos o mesmo serviço. O problema é que não há jardineiros. Já tivemos quase trezentos, neste momento temos cento e sessenta e cada vez temos menos.” (Acta n.º 17 – Assembleia Municipal de Oeiras – 02/11/2010 – pág. 90 e seguintes).
QUESTÃO N.º 06: Se V. Exa. sabe fazer contas, por que razão tarda tanto em ser apresentado o estudo prometido desde 2008? Afirma que a CMO teve quase 300 jardineiros, não dizendo quando e, a ser VERDADE, o que muito duvidamos, não explica as razões da saída.
Sobre a contratação de pessoal V. Exa. afirma: “Se quisermos contratar um jardineiro a pagar-lhe sete mil euros por ano, demoramos, pelo menos, meio ano. Abrimos um concurso para cinquenta ou para cem jardineiros e são seleccionados uns tantos. Estamos a falar de ordenados de, em média, oitocentos euros, com as horas extraordinárias mas a base são quinhentos e cinquenta euros. O problema é que, dos seleccionados, setenta por cento dos que são chamados, já não aparecem e entre o momento em que se inscrevem e o momento em que são chamados decorreram seis meses, já arranjaram outro emprego…!”
QUESTÃO N.º 07: A falta de conhecimento de V. Exa. quanto ao salário base de um jardineiro mantém-se, mas evoluiu entre 8 de Setembro (vide afirmações na reunião de Câmara) e 2 de Novembro, de 400,00€ para 550,00€. Mas vamos dar-lhe essa informação: o vencimento base de um jardineiro é de 532,08€! A não contratação atempada de jardineiros deve-se, em 1.º lugar ao desinteresse da Câmara Municipal e, quando há interesse, subsiste a falta de planificação.
É notório que até à sua afirmação supra, em tempo algum responde factualmente às questões colocadas pela eleita municipal do Partido Socialista, deambula entre suposições, sem responder, EM CONCRETO, ao que lhe é solicitado. Os Espaços Verdes são um tema sério, para ser discutido entre todos os eleitos, não pode ser uma “arma de arremesso”. E as intervenções de V. Exa. na sessão de Câmara e na reunião da AMO foram um “fait-divers” de intenções, de futurologia, culminando com a intervenção do responsável pela Divisão de Espaços Verdes, Arquitecto Alexandre Lisboa, que teve de ir em seu socorro.
Estamos satisfeitos com a nossa intervenção junto dos Grupos Políticos Municipais, pela primeira vez em muitos anos houve um debate sobre a gestão dos espaços verdes do concelho, certamente com incómodo para V. Exa., tal a dificuldade em sustentar as suas convicções e certezas.
A sua intervenção, pela voz do Chefe de Divisão dos Espaços Verdes, foi ainda mais confrangedora, menos esclarecedora. Em vez de falar da actualidade, p.e., o que faz a “brigada de construções” quando não está a construir, falou do passado, com alguns erros, no entanto. O Sr. Director Municipal de Obras e Ambiente afirma, por seu lado, que a CMO tem 186 jardineiros (ver “OEIRAS EM REVISTA” de Outono de 2010, n.º 104, pág. 17), o Sr. Presidente refere 160! É curioso e, ao mesmo tempo, perturbador como duas chefias desta Câmara Municipal não se entendem relativamente a uma questão tão simples!
V. Exa., por intermédio do Sr. Arquitecto Alexandre Lisboa, transmite aos Srs. Membros da AMO e aos Srs. Vereadores que “temos dois viveiros municipais que produzem uma média anual de cento e trinta a cento e quarenta mil plantas por ano. São consumidas, anualmente, na manutenção e construção de espaços verdes e isso consome entre quarenta a cinquenta pessoas - em produção e distribuição.”
QUESTÃO N.º 08: Não refere as áreas produtivas dos viveiros, dado importante para sabermos a área adstrita a cada um dos “40 a 50 jardineiros”.
À “LUSA” e “Jornal da Região” (Oeiras) V. Exa. refere a existência de três viveiros!
Uma vez mais os números não batem certo!
CONTINUA...
2 comentários:
No tempo em que fui Chefe de Divisão dos Espaços Verdes e posteriormente como Director do DAE nunca tive 300 jardineiros (1990 a 2004). Estes 300 jardineiros ou existiram antes de 1990 ou depois de 2004.
O Sr. Presidente argumenta...sem argumentos. Já é altura de apresentar factos concretos. Divagar não leva a lado nenhum. Vamos continuar a esperar que FAÇA PROVA dos 300 jardineiros.
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