Páginas

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Blognovela "MANUTENÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES DE OEIRAS: a Mina de €uros" - Parte III

...CONTINUAÇÃO
No dia 8 de Setembro (Acta n.º 16/10, pág. n.º 117) o Sr. Presidente afirmou na reunião de Câmara que “…é manifestamente contra o “outsourcing”, porque é mau, não responde com qualidade, é caríssimo e a Câmara fazia por metade do preço.”
QUESTÃO N.º 01: O outsourcing é mau, não tem qualidade, é caríssimo, a Câmara fazia por metade do preço (onde está o estudo técnico financeiro que suporte esta afirmação) e mesmo assim insiste no seu recurso? Por que razão?
Outra afirmação de V. Exa. foi “…a Câmara de Oeiras tem dificuldade em contratar pessoal porque não querem ganhar quatrocentos euros…”
QUESTÃO N.º 02: Não são 400,00€! Saberá o Sr. Presidente quanto ganha efectivamente um jardineiro?
Continuando, o Sr. Presidente afirma “…que não tem dúvidas que uma empresa iria resolver melhor os problemas ao nível do ambiente, designadamente ao nível dos jardins.”
QUESTÃO N.º 03: Que critérios técnicos e económicos tem o Sr. Presidente que suportam esta afirmação?
Sobre a criação da empresa (municipal) fica a sua promessa “…que a ideia não caiu no esquecimento e quando se discutir as GOP, porque, como o Orçamento será zero irá ser discutido ponto por ponto. Há projectos que não serão para continuar, também haverá projectos novos, mas a análise será feita em moldes diferentes, porque terá que se reduzir muita despesa corrente, porque a receita está a reduzir aos milhões.”
Mas, as promessas do Presidente da Câmara Municipal não se ficam por aqui e reafirmando que “…aquando da discussão das GOP, tendo um estudo rigoroso do que se paga em “outsourcing”, feitas as contas se decidirá se se constitui ou não a empresa, a qual poderá gerir o que a Câmara para ela transferir, nomeadamente a gestão dos “outsourcings” que estão sob gestão municipal e à medida que eles forem eliminados, progressivamente a empresa pode assumir essas responsabilidades.” (Acta n.º 16/10 – 08/09 – pág. 118/119).
Intervindo, a Sra. Vereadora Luísa Carrilho disse “que gostaria de acrescentar que lhe parece essencial que a ser criada uma empresa municipal, que não assumam lugares de liderança, pessoas que na Câmara não souberam exercer esses cargos...” (Acta n.º 16 – 08/09/2010 – pág. n.º 120) afirmação que nos parece óbvia, uma vez que a actual má gestão dos Espaços Verdes não se resolve com a criação de uma empresa municipal, mas sim com novos decisores que apostem, sobretudo, em novas estratégias e novas orientações para esta área tão sensível do Município.
Uma organização que não se moderniza, e na qual os técnicos deixam de pensar e opinar, está a hipotecar o seu futuro.
Sr. Presidente: é nesta situação que se encontra a Divisão de Espaços Verdes, por muito que lhe custe aceitar esta evidência!
Refere V. Exa. (Acta n.º 16 – 08/09/2010 – pág. 120) “…a verdade é que nos “outsourcings” os valores têm vindo a subir e a Câmara tem que fazer as contas e saber se esses hectares tratados em regime de “outsourcing”, se o valor global é diferente se os mesmos hectares forem tratados por funcionários…mas para além disso também é preciso aferir se é feito com melhor qualidade ou não.”
QUESTÃO N.º 04: É óbvio que os custos/ha são mais elevados em regime de outsourcing, desde logo porque estes regimes têm de dar lucro às suas empresas! Peça, por favor, os relatórios de fiscalização e comprovará que, em muitos casos, o incumprimento é cíclico, ainda que depois se afirme que o grau de cumprimento/satisfação é superior a 92%!
Na sessão da Assembleia Municipal de Oeiras que ocorreu no dia 2 de Novembro, que tinha como um dos pontos da Ordem de Trabalhos a ratificação da Proposta de Deliberação n. º 980/2010, quando questionado pela eleita municipal do Partido Socialista, Sra. D. Alexandra Tavares de Moura, sobre o número de jardineiros da CMO e quantos jardins estão a ser mantidos em regime de “outsourcing” (Acta n.º 17 – Assembleia Municipal de Oeiras – 02/11/2010 – pág. 90), V. Exa. referiu-se ao delegados sindicais nos seguintes termos, “ipsis verbis”:
“Há dias, li uma entrevista miserável (porque não tem outro nome a não ser miserável) dada por delegados sindicais do SINTAP (os do STAL são mais moderados). Vi, da parte dos delegados, serem feitas afirmações que, na realidade, eu, se fosse sindicalizado, saía logo daquele sindicato porque ele não fez outra coisa senão chamar preguiçosos aos jardineiros da Câmara.”
QUESTÃO N.º 05: Como pode ser confirmado no Jornal da Região, edição n.º 237, de 30 de Setembro de 2010, pág. 10, http://www.jornaldaregiao.pt/arquivo/Oeiras/Oeiras_237.pdf  NUNCA chamamos preguiçosos aos jardineiros municipais; presumimos, então, que V. Exa. não leu notícia alguma, e quem lhe transmitiu o conteúdo da mesma faltou claramente à VERDADE, deturpando por completo as nossas afirmações. Quais são, então, as suas verdadeiras razões para este ataque tão vergonhoso, indigno e inqualificável à nossa estrutura sindical?
Em resposta à entrevista que demos à agência “LUSA”, que incomodou visivelmente V. Exa. é dito que “…o município recorre ao ‘outsourcing’ para a conservação dos jardins "há mais de 10 anos", porque é uma solução "mais barata", acrescentou a vereadora dos Espaços Verdes, Madalena Castro, avançando que a autarquia está a fazer um estudo para "compreender as vantagens desta medida".

CONTINUA...

 

Sem comentários: