Continuando no uso da palavra em representação do Presidente da Câmara Municipal, o Sr. Arquitecto Alexandre Lisboa afirma que “…com excepção do Parque dos Poetas (porque tem uma dimensão diferente), todos os grandes jardins foram feitos pelas brigadas de construção da Câmara de Oeiras com resultados muito positivos e, como também referiu o Senhor Presidente, com maior qualidade do que no outsourcing. Apesar de tudo ainda fazemos manutenções nos Jardins Municipais de Oeiras, Paço de Arcos, Algés e Caxias com uma área significativa e que nos consome alguns recursos principalmente porque são jardins que, neste momento, têm menos infra-estruturas do que outros jardins em espaço público. Porque são jardins onde nos últimos anos tem havido pouco investimento em termos de infra-estruturas. São jardins que não têm sistema de rega automático e por isso são mais difíceis de manter. (Os sublinhados são nossos).
QUESTÃO N.º 11: Segundo dados da CMO o Parque dos Poetas tem uma área de 12 hectares, o que não é referido pelo orador. Qual o número ideal de jardineiros para a sua manutenção?
Apesar de tudo a Divisão de Espaços Verdes ainda faz manutenções nos Jardins Municipais de Oeiras, Paço de Arcos, Algés e Caxias, que consomem alguns recursos.
O lamento terá a ver com o facto destes jardins não estarem entregues às empresas?
Qual a área de cada um dos jardins?
Quantos jardineiros estão envolvidos na sua manutenção?
Ficamos a saber que os jardins que não têm rega automática são mais difíceis de manter!
V. Exa., Sr. Presidente, na pessoa do Sr. Arquitecto Alexandre Lisboa, continuou a rodear as questões levantadas pela Sra. Alexandra Moura, falando do passado, falando das intenções futuras, sem responder ao que é feito no presente:
“O Jardim da Quinta Real de Caxias foi construído em cinco meses pelos jardineiros da Câmara, é uma referência excelente da qualidade de espaços verdes que temos, tal como o jardim do Palácio do Marquês de Pombal ou da Quinta dos Sete Castelos...”
QUESTÃO N.º 12: Quem vai fazer a manutenção do Jardim da Quinta Real?
Quem vai elaborar o projecto de arquitectura paisagística da parte que falta requalificar da Quinta Real?
Diz-se, ouve-se, que vai ser entregue ao Gabinete de Arquitectura Paisagística de Francisco Caldeira Cabral & Elsa Severino, sem concurso, utilizando como subterfúgio o Artigo 24.º, n.º 1, alínea e) do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro. Serão estas suposições verdadeiras?
Tem V. Exa. tão pouca confiança nos seus arquitectos paisagistas, que tanto elogia, mas que depois se vê forçado a entregar os projectos a ateliês externos?
Quantas pessoas são necessárias para a manutenção dos jardins do Palácio do Marquês de Pombal?
E para os jardins da Quinta dos Sete Castelos?
E o Sr. Chefe da DEV, como porta-voz de V. Exa., continua a falar do passado, sem responder às perguntas da eleita do Partido Socialista. Procura aureolizar a sua equipa referindo que a sua Divisão, “…neste momento, está bem apetrechada, tem sete arquitectos paisagistas, mais sete engenheiros na área das ciências agrárias. Para a gestão do outsourcing temos três engenheiros e uma equipa de fiscalização de apoio que é pouco para duzentos e vinte hectares mas que estão a fazer um trabalho excelente.”
QUESTÃO N.º 13: Não refere o que fazem os 7 arquitectos paisagistas, nem os 7 engenheiros na área das ciências agrárias, nem o que fazem os 3 engenheiros na gestão do “outsourcing”, nem quantas pessoas constituem a equipa de fiscalização.
Sobre os arquitectos paisagistas podemos dar uma ajuda: na área que lhes compete, a quase totalidade dos projectos é entregue por ajuste directo a gabinetes de arquitectura externos, designadamente Francisco Caldeira Cabral & Elsa Severino, Geocódice, Lda., Paisagens de Sempre, Lda. Que projectos restam então para estes técnicos?
Ficou também por comprovar os tais 220 ha de jardins e espaços verdes. Faça prova por favor.CONTINUA...
4 comentários:
Fico espantado com o número de técnicos existentes na DEV. No meu tempo eram 4 ou 5 e muitos jardins foram construidos com os bons jardineiros da CMO a quem presto a minha homenagem e sem recurso a paisagistas.
Pois, mas os paisagistas não fazem projecto. Andam entretidos com burocracia. Contratam-se arquitectos para fazerem trabalho de administrativo.
A CMO não tem dinheiro? Tem pois claro. Veja-se a revista SÁBADO de 17 a 23 de Fevereiro de 2011 (n.º 355) cujo título é "ISALTINO PATROCINA O SEU ADVOGADO", confirmado pelo dito cujo que confirma o patrocínio de 8 mil euros para a edição do livro "Justiça, Advocacia, Ordem e República" que no meiu entender deve ser muito importante para Oeiras. Se é necessário poupar poupe-se no supérfulo como é o caso.
Leite Pereira
Caro Sr. Leite Pereira: confirmamos que a CMO deu 8 mil euros à Distrital da Lisboa da Ordem dos Advogados presidida pelo advogado cujo escritório patrocina a defesa do Presidente da CMO. E mais não podemos dizer.
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