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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

RAZÕES PARA QUEBRAR O SILÊNCIO

Concluímos (e se estivermos errados que desmintam) que o Vereador Ricardo Barros foi muito mal aconselhado neste processo, porque alguém pretendeu criar um braço-de-ferro no sentido de fragilizar quem já é frágil, designadamente os trabalhadores que auferem 485,00 EUR de salário bruto mensal.

Obviamente que quem perdeu, quem andou em mercados a afirmar que “...é melhor acabarem com a greve, nunca hão-de ter subsídio de risco nem jornada contínua...” procurou, na sombra, retaliar.

Também nos foi referido que alguns concessionários terão sido convidados a promover a recolha de assinaturas para uma petição pedindo o afastamento do encarregado dos mercados. Verdade?

Quebramos o silêncio porque a tal fomos obrigados. Se por um lado a Câmara Municipal de Oeiras aceitava as reivindicações dos trabalhadores e o SINTAP desconvocava a greve, os derrotados no processo elaboravam informações para que fossem instaurados processos disciplinares aos trabalhadores que não tinham acatado convocatórias (de que daremos notícia a partir de 16/01).

No início de Dezembro, os trabalhadores foram notificados da abertura do procedimento disciplinar. Passou mais de 1 mês e remetemo-nos ao silêncio a conselho do gabinete jurídico do SINTAP.

Este silêncio foi interpretado como uma fraqueza pelos nossos adversários e pelos nossos inimigos. Como os trabalhadores ainda não foram ouvidos e desconhecem as acusações, estamos no pleno direito para, PUBLICAMENTE, quebrar o silêncio, e sair em sua defesa.
 
Lamentamos fazê-lo, sobretudo numa altura em que a FESAP/SINTAP vai reunir com a Câmara Municipal de Oeiras no dia 25 de Janeiro. Uma vez mais a abertura, a disponibilidade, o profissionalismo e a dedicação à causa pública e, porque não dizê-lo, o humanismo que a Dra. Paula Saraiva (DMADO) e Dra. Rosa Lopes (DRH) demonstram nas reuniões com o SINTAP mereceriam o nosso silêncio. Pedimos-lhes, como representantes do Município de Oeiras na Comissão Paritária da ACEEP n.º 7/2010, que relevem estas denúncias, não poderíamos manter-nos impávidos e calados (serenos estamos) perante os factos de que vamos tomando conhecimento.

Há uma ultrapassagem clara ao Vereador Ricardo Barros, pois quando se chega a um entendimento, que inclui a desconvocação da greve, não se abrem processos disciplinares. Isto tem um nome: má-fé.

Os trabalhadores não temem os processos disciplinares: TUDO foi feito dentro da lei, como demonstraremos a partir da próxima semana, com a publicação de documentos.

Quebramos o nosso silêncio porque não aceitamos que continuem as provocações “...estão a ver, a greve saiu-vos cara... processos disciplinares...armaram-se em espertinhos...o vosso sindicato não faz nada...” como se os processos já estivessem encerrados e as sanções atribuídas.

Quebramos o silêncio porque não nos deixaram outra opção. Se o entenderam como sinal de fraqueza, desenganem-se, estamos unidos e, sobretudo, SOLIDÁRIOS. O Natal, para nós, é todo o ano.

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