Concluímos (e se
estivermos errados que desmintam) que o Vereador Ricardo Barros foi muito mal
aconselhado neste processo, porque alguém pretendeu criar um braço-de-ferro no sentido de fragilizar
quem já é frágil, designadamente os trabalhadores que auferem 485,00 EUR de
salário bruto mensal.
Obviamente que quem
perdeu, quem andou em mercados a afirmar que “...é melhor acabarem com a
greve, nunca hão-de ter subsídio de risco nem jornada contínua...” procurou, na sombra, retaliar.
Também nos foi
referido que alguns concessionários terão sido convidados a promover a recolha
de assinaturas para uma petição pedindo o afastamento do encarregado dos
mercados. Verdade?
Quebramos o silêncio
porque a tal fomos obrigados. Se por um lado a Câmara Municipal de Oeiras
aceitava as reivindicações dos trabalhadores e o SINTAP desconvocava a greve,
os derrotados no processo elaboravam informações para que fossem instaurados processos
disciplinares aos trabalhadores que não tinham acatado convocatórias (de que
daremos notícia a partir de 16/01).
No início de
Dezembro, os trabalhadores foram notificados da abertura do procedimento
disciplinar. Passou mais de 1 mês e remetemo-nos ao silêncio a conselho do
gabinete jurídico do SINTAP.
Este silêncio foi
interpretado como uma fraqueza pelos nossos adversários e pelos nossos inimigos.
Como os trabalhadores ainda não foram ouvidos e desconhecem as acusações,
estamos no pleno direito para, PUBLICAMENTE, quebrar o silêncio, e sair em sua
defesa.
Lamentamos fazê-lo,
sobretudo numa altura em que a FESAP/SINTAP vai reunir com a Câmara Municipal
de Oeiras no dia 25 de Janeiro. Uma vez mais a abertura, a disponibilidade, o
profissionalismo e a dedicação à causa pública e, porque não dizê-lo, o humanismo
que a Dra. Paula Saraiva (DMADO) e Dra. Rosa Lopes (DRH) demonstram nas
reuniões com o SINTAP mereceriam o nosso silêncio. Pedimos-lhes, como
representantes do Município de Oeiras na Comissão Paritária da ACEEP n.º
7/2010, que relevem estas denúncias, não poderíamos manter-nos impávidos e
calados (serenos estamos) perante os factos de que vamos tomando conhecimento.
Há uma ultrapassagem
clara ao Vereador Ricardo Barros, pois quando se chega a um entendimento, que
inclui a desconvocação da greve, não se abrem processos disciplinares. Isto tem
um nome: má-fé.
Os trabalhadores não
temem os processos disciplinares: TUDO
foi feito dentro da lei, como demonstraremos a partir da próxima semana, com a
publicação de documentos.
Quebramos o nosso
silêncio porque não aceitamos que continuem as provocações “...estão a ver, a greve saiu-vos cara... processos
disciplinares...armaram-se em espertinhos...o vosso sindicato não faz nada...”
como se os processos já estivessem encerrados e as sanções atribuídas.
Quebramos o silêncio
porque não nos deixaram outra opção. Se o entenderam como sinal de fraqueza,
desenganem-se, estamos unidos e, sobretudo, SOLIDÁRIOS. O Natal, para nós, é todo o ano.
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