Ainda que tivéssemos algum
material de interesse para publicar, como era o caso das peripécias (intimidações
e ameaças mais ou menos veladas) decorrentes da GREVE AO TRABALHO EXTRAORDINÁRIO nos mercados municipais,
mantivemo-nos em silêncio para que as portas do diálogo não se fechassem.
Neste espaço de tempo,
para além de trabalho sindical interno, procuramos que as forças políticas
representadas na vereação e na Assembleia Municipal nos recebessem para ouvirem
a nossa versão dos factos e não só a
que a Câmara Municipal fazia circular. Uma história tem, no mínimo, duas
versões, seguramente terá três, incluindo a verdadeira.
Do executivo
municipal reunimos com a CDU e com o PSD. O PS não respondeu ao nosso pedido de
agendamento.
Da Assembleia Municipal fomos recebidos pela CDU, BE, PSD e o agendamento com o CDS-PP não se concretizou por impossibilidade de enquadramento de agendas. O PS e o IOMAF não nos responderam.
Já nesta altura os
trabalhadores dos mercados municipais e filiados no SINTAP eram alvo de
provocações, ameaças, piadas e intimidações. Tudo aguentaram, na defesa do que
consideram um legítimo direito: não
serem discriminados em relação a outros trabalhadores.
A CS SINTAP, na
primeira linha de defesa dos seus filiados, silenciou o seu blogue para manter
abertas as portas do diálogo, procurando resolver dentro de portas o que
separava as reivindicações dos trabalhadores da postura da CMO.
Este silêncio foi
aproveitado para se engendrarem actos de retaliação contra quem não se deixou
vergar à prepotência e à intimidação.
No dia 21 de
Novembro, quinze trabalhadores deslocaram-se à Assembleia Municipal para
assistirem a sessão do dia. Os deputados municipais do BE, Miguel Pinto, e do
PSD, Jorge Pracana, levantaram a questão da greve nos mercados. Numa pausa, o
Sr. Vereador Ricardo Barros tendo-se apercebido da presença dos trabalhadores e
conversado com alguns no exterior da sala prometeu-lhes que no início do
próximo ano as suas reivindicações seriam atendidas.
No dia seguinte e
questionados oficiosamente sobre como pôr termo à greve, de boa fé, como sempre estivemos,
informamos que um e-mail da CMO enviado para o SINTAP seria bastante para
desconvocar a greve. Ao fim da tarde do dia 22/11 o e-mail foi enviado para a
sede nacional do SINTAP.
Queremos agradecer
publicamente a intervenção da Directora do DAE, Dra. Zalinda Campilho, da
Directora Municipal, Dra. Paula Saraiva e da Chefe da DRH, Dra. Rosa Lopes. Obviamente
que tal só foi possível com a concordância do Vereador Eng.º Ricardo Barros, a
quem também agradecemos pela sua intervenção.
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