Páginas

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A PROPÓSITO DO FIM DA RECOLHA NOCTURNA DE RSU AOS FERIADOS E DOMINGOS

COMUNICADO

A recolha de resíduos urbanos (RSU) é um serviço que o município tem o dever de prestar à população, garantindo que o mesmo se efectua com a máxima qualidade e eficácia, dispondo para o efeito de recursos mecânicos eficientes, equipamentos de deposição e meios humanos qualificados e motivados.
A responsabilidade pela implementação de um modelo de gestão eficaz, em que o equilíbrio entre a qualidade do serviço prestado e a racionalização de custos deve imperar, cabe ao município, centrado na figura da Divisão de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (DRRSU) do Departamento de Ambiente e Equipamento (DAE).
Neste sentido, cabe à DRRSU definir, em primeira instância, a periodicidade de recolha que quer oferecer à população, sem prejuízo de manter a máxima qualidade, ajustando, consequentemente, o número de funcionários a afectar ao serviço e respectivos horários de trabalho.
Cremos que este é o ponto de partida para uma boa articulação entre o município e os trabalhadores, da inteira responsabilidade do município, mas a que, lamentavelmente, não temos assistido.
O trabalho com regime de turnos encontra-se em vigor desde 14 de Março do presente ano, sendo que foi aceite pela maioria dos trabalhadores, praticando-se em dois turnos distintos: um de 2.ª a 6.ª feira, e outro de 3.ª a sábado, rodando ao fim de 4 semanas, mantendo-se uma periodicidade de recolha de 7 dias por semana.
À margem deste regime manteve-se um grupo de 19 trabalhadores, cujo trabalho se pratica de 2ª a 6ª feira, das 23h00 de domingo às 5h00 da manhã de 6.ª feira, aos quais não tem sido dada qualquer oportunidade de trabalho extraordinário, sentida por estes como pura retaliação, que não dignifica as chefias e a vereação deste pelouro, e que, obviamente, condenamos.
Ora, acontece que os trabalhadores que aceitaram o regime de trabalho por turnos ultrapassaram já o limite de 150 horas permitidas por lei, cremos que por manifesta má gestão interna do serviço responsável, que não teve a competência para detectar esta situação, não obstante os conselhos e alertas lançados, em tempo útil, pela nossa estrutura sindical.
O que temos, então, agora?
Uma situação desastrosa de acréscimo de custos, o limite de horas extraordinárias largamente ultrapassado e o serviço prestado à população a perder qualidade, cuja responsabilidade se imputa inteiramente às diversas chefias que gerem este serviço – chefe de divisão, directora de departamento, director municipal e vereador.
Dado o grave panorama que se vive no serviço de recolha de resíduos, à qual se junta a difícil situação financeira do próprio município, pretende agora o Sr. Vereador Ricardo Barros terminar com o serviço de recolha aos domingos (noite de sábado para domingo) e vésperas de feriado, mantendo a recolha aos sábados, e praticando, de igual forma, o regime de turnos, mas sem que os trabalhadores tenham o direito à compensação do trabalho extraordinário, apenas recebendo o subsídio de turno (22%) (ainda assim inferior ao subsídio nocturno que se situa nos 25%).
Continua a ser nossa convicção que esta proposta se deve apenas a contenção de custos, feita de forma desesperada e não articulada com qualquer estratégia de gestão interna de resíduos, conforme explanamos anteriormente, com a qual não nos identificamos, porquanto não dignifica o esforço e dedicação dos trabalhadores.
Porque somos uma estrutura sindical responsável e pró-activa, criticando sempre de forma construtiva, propomos uma alternativa credível, sensata e que vai ao encontro dos interesses de ambas as partes.
Assim sendo, a nossa proposta vai no sentido dos horários de todos os trabalhadores se ajustarem à periodicidade de recolha que venha a ser previamente definida superiormente, com pagamento de trabalho extraordinário, se for caso disso, e de subsídio nocturno, devidamente actualizado, para a qual será necessária uma gestão séria e atenta, de forma a escalar os trabalhadores para os dias de trabalho extraordinário de modo a não se ultrapassarem o limite das 150 horas anuais.
Não temos quaisquer dúvidas de que esta opção – entrada às 23 horas de domingo e saída às 5 horas da manhã de 6.ª feira, e recurso ao trabalho extraordinário ao sábado (das 23 horas 6.ª feira às 5 horas da manhã de sábado - é perfeitamente exequível, se posta em prática de boa fé e se explicada de forma simples e assertiva aos trabalhadores, e permitirá voltar a ter um grupo coeso, confiante nas chefias e motivado, cujas características se perderam, infelizmente, com tantas orientações unilaterais e autistas.

9 comentários:

Leite Pereira disse...

Li com toda a atenção o vosso comunicado e lamento que se esteja a regredir no que respeita à recolha de resíduos sólidos. Durante muitos anos a recolha aos Domingos era uma bandeira da CMO. É lamentável.

Anónimo disse...

Regredir e muito. Não há rumo. Não se compreende como a diretora do DAE estve ligada ao melhor que se fez em Oeiras e está ligada ao pior da limpeza e recolha de lixo.

Anónimo disse...

Provavelmente não seria ela a ter a responsabilidade total na recolha. Não seria o Eng. Leite Pereira?

Anónimo disse...

...agora está no pior, fruto de uma ambição profissional desmedida, em que comprou muitas guerras pessoais, meteu muita gente na prateleira, que culminou na sutação que é do domínio público, e agora, apercebendo-se que está em fim de ciclo, tenta uma fuga para a frente...pelos vistos sem os resultados que pretendia,é como dizem quanto maior é a subida...

Anónimo disse...

nao se compreende como a doutora Zelinda fez um excelente trabalho com a vereadora Aline Betencourt (PS) e como Eduardo Costa (PSD)e agora é o que se vê: lixo e desorganização por todo o lado.

Leite Pereira disse...

A Zalinda nunca trabalhou com a vereadora Aline Betencourt. Nessa altura o responsável era o Eng. Raimundo. O seu a seu dono

Anónimo disse...

Separemos aguas: responsavel técnico era o eng.º carlos raimundo,o vereador com o pelouro do ambiente a dra. aline betencourt, hoje na fundaao marques de pombal.

Anónimo disse...

O Dr. José Eduardo Costa não dava abébias e o Leite Pereira com quem do ponto de vista profissional me cruzei poucas vezes também não. Infelizmente a Câmara e os SMAS hoje não têm do ponto de vista político e profissional quaisquer referências. Ainda há alguns funcionários com qualidade atirados para um canto dirigidos por uma cambada de bajuladores, bufos e incompetentes.

Um abraço

Anónimo disse...

vê-se como a Dt Zalinda deixou a recolha do lixo chegar tendo abandonado o barco mas não e ser machista na altura do Dr José Eduardo costa andava tudo nos eixos agora quando as decisões são tomadas por mulheres ta tudo estragado agora o Sr. Vereador Ricardo Barros ate entrou com boas intenções mas começou a embrenhar pelos ouvidos estragou-se gostava de saber porque este Sr não aparece no organograma da cmo se calhar e por ser um grande político hora diz um coisa hora diz outra não vai ser esse Sr que vai andar de c. para o ar apanhar lixo do chão enganando os funcionários com mundos e fundos não sendo capaz de dizer o que chamam de horas extraordinárias acabou este Ano e para o Ano