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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Visão do Poder sobre os sindicatos

Meses atrás alguém referiu que os “sindicatos de hoje não são os sindicatos de ontem, que os sindicalistas de hoje não são os sindicalistas de ontem”.

Isto foi dito com sentido pejorativo, procurando atingir os delegados sindicais do SINTAP na Câmara Municipal de Oeiras.

Os sindicatos adeptos da “unicidade sindical” sempre foram tratados nas palmas das mãos pelas autarquias governadas pelos partidos do chamado “arco democrático”, enquanto que os sindicatos democráticos e os seus representantes eram (e são) marginalizados e atacados.

Os sindicatos adeptos da “unicidade sindical” e que se arrogam como “únicos e legítimos representantes dos trabalhadores” carregam consigo o anátema das ocupações e dos saneamentos políticos.

“Os sindicatos de hoje não são os sindicatos de ontem, nem os sindicalistas de hoje são os sindicalistas de ontem”. Depende. No SINTAP não são com toda a certeza! Evoluímos: para além das preocupações laborais, a nossa intervenção faz-se também na área do ambiente, espaços verdes, na gestão dos recursos humanos, na procura de soluções, na parceria construtiva com o poder político legitimamente eleito.

Há quem estranhe esta nossa maneira de ser e de estar. Hoje, as autarquias já não são compartimentos estanques dos eleitos, os trabalhadores por intermédio dos seus sindicatos e das suas comissões de trabalhadores já têm uma palavra a dizer, se assim o quiserem.

“Os sindicalistas de hoje não são os sindicalistas de ontem”. Os sindicalistas do SINTAP na Câmara Municipal de Oeiras acumulam as tarefas de trabalhadores com as de sindicalistas, não prescindindo de nenhuma destas prerrogativas.

Nos últimos 3 anos fizemos várias propostas à Câmara Municipal tendo em vista a melhoria do clima laboral, da melhoria do serviço prestado aos munícipes, para uma melhor gestão de meios humanos e materiais. Com as sucessivas restrições orçamentais fizemos outras sugestões. Construtivas.

As decisões cabem ao poder político. Legitimamente. Ninguém nos poderá acusar de omissão ou falta de interesse. Os sindicalistas do SINTAP são diferentes dos sindicalistas de outras estruturas: procuram resolver os diferendos entre os trabalhadores e a CMO (e vice-versa) com aqueles que cá trabalham, não precisam de trazer “reforços” do exterior, de quem desconhece a realidade da Câmara Municipal de Oeiras.

O sucesso das políticas da autarquia nas várias vertentes é o nosso sucesso. Os insucessos são, também, insucessos nossos. Porque somos trabalhadores da Câmara Municipal de Oeiras.

Fizemos ao longo de mais de 5 anos aquilo que consideramos certo. Devido ao nosso crescimento fomos mais proactivos nos últimos 3 anos. É chegada a altura de fazermos uma pausa nas sugestões, na entrega de propostas.

Doravante caberá aos governantes demonstrar que a sua actual postura é o caminho a manter e a seguir, e que a nossa intervenção não se enquadra nos “sindicalistas de ontem” que tanto admiram. Que alguém admira.

3 comentários:

Anónimo disse...

O DAE entrou, definitivamente, e em todo o seu esplendor no Séc. XXI, sim porque agora com a ajuda das preciosas motoretas vamos ter o concelhio mais limpo do país...no mínimo, risível, deve ter sido mais uma original, peregrina e brilhante ideia dos iluminados dirigentes!

Anónimo disse...

Realmente foi mais uma medida de propaganda, com direito a SIC. O vereador do ambiente é Ricardo Barros, a luz da ribalta foi para a vereadora Madalena Castro. Com ideias peregrinas se vê a trampa que está por todo o concelho.

Anónimo disse...

outra ideia brilhante foi tirar a varredura da dsu. E o nome da nova divisao é mesmo foleiro, divisao de recolha de residuos solidos urbanos drrsu. pk ñ divisao de residuos solidos ou divisao de recolha de residuos? e a dhpa? divisao de higiene publica e abastecimento. recolha de lixo ñ é higiene pública?