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domingo, 31 de outubro de 2010

Organização horizontal e vertical - PARTE IV

A actual estrutura da DSU é pesada, ineficaz e burocrática. Basta ver como está a limpeza no concelho: as dezenas de reclamações diárias que chegam aos serviços, em alguns casos acompanhadas de fotos, são a prova do que temos vindo a afirmar.
Não nos limitamos a criticar, o que é fácil. Faz parte da nossa cultura sermos parte da solução, não parte do problema. À então responsável pelo pelouro do Ambiente apresentamos, no Verão de 2008, uma proposta de organização operacional da DSU, cuja resposta nos seria dada no dia 28 de Janeiro de 2009, em sessão pública da Câmara Municipal, em que o Presidente Isaltino Morais nos acusou de querermos mandar na CMO!
A partir desta acusação, certamente buzinada por quem sentia os calos apertados, optamos por uma nova postura, que não abandonaremos: informar os competentes órgãos municipais das irregularidades e, não havendo resposta, denunciá-las publicamente.
Vamos agora fazer um pequeno exercício sobre a operacionalidade da Divisão de Serviços Urbanos (DSU):
  1. O funcionário A requer a alteração do período de férias;
  2. O responsável pela Secção de Limpeza Urbana (SLU) informa, se for caso disso, que não há inconveniente para o serviço;
  3. O documento é entregue ao Encarregado da Zona que, concordando com responsável da SLU, o reencaminha para o Gestor de Zona;
  4. O Gestor de Zona apõe a sua assinatura no documento, concordando, enviando-o para o Chefe de Divisão;
  5. O Chefe de Divisão despacha e reencaminha para o Director de Departamento, para despacho final.

Em alguns destes passos há a intervenção do apoio administrativo. Mais: se se tratar de uma acumulação de férias para o ano seguinte, ainda intervém o Director Municipal.

A questão que colocamos é seguinte: por que não simplificar procedimentos, abandonar ESTA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL VERTICAL, BUROCRÁTICA e ESCLEROSADA, assumindo que a ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL HORIZONTAL é a que melhor serve a operacionalização dos Serviços?

Chegamos à seguinte conclusão: todo este pesadíssimo processo é para FAZER DE CONTA que se trabalha, que se tem muito trabalho, que se está muito ocupado. Perde-se tempo, energia, produtividade.

A quem serve FAZER DE CONTA?

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